Por Marcelo Tripoli
Segundo uma pesquisa feita pela Havard Business Review, mais de 40% dos CMOs estão a menos que dois anos nas suas empresas.
Nunca os líderes de marketing tiveram que lidar com tanta transformação e incertezas. O manual que funcionou por décadas para bancos, telecoms e CPGs está sendo reescrito em muitas empresas. A mudança obviamente não para nos anunciante. Agências e veículos além de todo ecossistema de marketing e comunicação estão em busca de novos processos, modelos, ferramentas e talentos. Tudo começa com a famigerada transformação digital. O próprio festival está se transformando os speakers, formato e premiação. Abaixo um pouco do que espero ver nos próximos 5 dias refletindo o momento da nossa indústria:
- Uma profunda discussão sobre experiência digital do cliente e como as empresas podem melhorar neste tema. Experiência é novo branding e a melhor e mais efetiva forma de construir awareness, preferência e conversão.
- Como o ecossistema de comunicação pode usar dados e personalizar mensagens em escala. Todo mundo já ouvi que “data is the new oil”. Agora tá na hora de ir para a prática, em 2018 não faz sentido nenhum fazer propaganda genérica, sem levar em consideração que está do outro lado da tela.
- Novos modelos de negócio para agências e veículos. Novos tempos exigem novos formatos e negociações e acima de tudo parceira e respeito. Relações clientes-fornecedor são tóxicas e geram perdedores de todos os lados.
- CMOs e CFOs precisam se entender. Nunca tivemos tantas ferramentas para mostrar a relação de causa-efeito no investimento publicitário nas vendas da empresas. Tá na hora de pararmos de operar no “black-box” e medirmos o que funciona e o que não funciona. Para isso CMOs precisam de nerds e cientistas de dados em suas equipes. Não dá para ficar só no ppt, tem que encarar o excel.
*Marcelo Tripoli é Digital McKinsey Expert Associate Partner.
***Texto originalmente publicado no Meio&Mensagem.